General fala em intervenção se Justiça não agir contra corrupção


General Mourão afirma : Intervenção militar poderá ser adotada, se o Judiciário não solucionar o problema político.

Na palestra promovida pela maçonaria realizada em Brasília,  o General da Ativa Antonio Hamilton Mourão, e secretário de economia e finanças da Força, afirmou no dia 15 de setembro, afirmou que os “companheiros do Alto Comando do Exército” entendem que uma “intervenção militar” poderá ser realizada se o Judiciário “não solucionar o problema político”.

Mourão disse que poderá chegar o momento em que os militares terão que “impor isso” e que essa “imposição não será fácil“.

Ele acredita que as instituições devem solucionar os problema de corrupção pela ação do Judiciário, e assim  retirar da vida pública as pessoas envolvidas em atos ilícitos, ou se for preciso os militares terão que se impor para que isto aconteça.

Ele disse, “Então, se tiver que haver, haverá [ação militar]. Mas hoje nós consideramos que as aproximações sucessivas terão que ser feitas“.

A palestra foi promovida pela maçonaria de Brasília e acompanhada por integrantes do Rio de Janeiro e de Santa Catarina, entre outros. No vídeo, Mourão foi apresentado como “irmão”, que significa ser membro da maçonaria do Rio Grande do Sul. Ele diz no vídeo, “Sociedade carente de coesão cívica. A sociedade brasileira está anímica. Ela mal e porcamente se robustece para torcer pela Seleção brasileira ou então sai brigando entre si em qualquer jogo de time de futebol. Crescimento insuficiente e o Estado é partidarizado. O partido assume, ele loteia tudo. Tal ministério é do sicrano, tal do fulano, e aquilo é porteira aberta. Coloca quem ele quer lá dentro e vamos dar um jeito de fabricar dinheiro.”

Em nota, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, organização não governamental, disse que vê com “preocupação e estranheza” a sugestão do general de que o Exército, e escreveu, “Esta declaração é muito grave e ganha conotação oficial na medida em que o General estava fardado e, por isso, representando formalmente o Comando da força terrestre. Ela é ainda mais grave por ter sido emitida pelo Secretário de Economia e Finanças, responsável pelo gerenciamento de recursos da Força e, portanto, soar como chantagem aos Poderes constituídos em um momento de restrição orçamentária”.

A nota segue dizendo que ,”O Exército Brasileiro tem pautado sua atuação no cumprimento da lei, buscando ser fator de estabilidade política e institucional. Não é possível, neste delicado quadro, vermos a confiança da população nas Forças Armadas ser abalada por posturas radicais, ainda mais diante da aguda crise de violência que atinge o país“.

Veja o vídeo:

Veja o vídeo completo da palestra: