Menina de 7 anos morre afogada, após ficar com o cabelo preso na piscina.


Uma garota de apenas 7 anos, morre afogada após ficar com o cabelo preso em dispositivo de sucção em hotel no Balneário Camboriú

Cyntia Leite Rodrigues, 29 anos, mãe da vítima Rachel Rodrigues Novaes, de 7,  que morreu após ser sugada por ralo de sucção da piscina de um Hotel Sanfelice, Balneário Camboriú, Santa Catarina.

Elas foram para o Balneário Camboriú. para visitar um parque. Ao retornarem ao hotel, no dia 16/07/2017, foram para a piscina do hotel, e foi lá que aconteceu o acidente. A menina foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. Segundo a mãe, “Nós tínhamos acabado de sair da praia e as crianças queriam ir para a piscina. Chegamos, dei um banho e coloquei o biquíni nela novamente. Nós descemos, ela entrou com outras crianças, enquanto fiquei conversando com outras mães. Estava tudo bem, mas eu tinha me esquecido de levar a toalha”.

Cyntia,  pediu que as outras mães que estavam na piscina que cuidasse de sua filha, e foi buscar uma toalha no seu aposento, relata a mãe, “A piscina é aquecida, e do lado de fora estava frio. Fui, subi no apartamento, fui ao banheiro, peguei a toalha e desci. Menos de 10 minutos”.

Ao descer do elevador, ela  ouviu gritos desesperados, continua o relato,  “Eu achei que era uma briga. Ainda me perguntei: ‘Na piscina?’. Quando olhei para a piscina, tinha uma mãe tentando puxar alguém e um homem ao lado dela fazendo o mesmo. Uma outra mãe falou: ‘É a Rachel’. Eu entrei ali e comecei a puxar“.

Ela saiu da piscina e correu desesperada até a cozinha do hotel, tentar buscar uma faca, continua “Estava trancada. Eu queria pegar uma faca para cortar o cabelo dela. Ninguém abriu a porta. Eu voltei lá e consegui tirá-la. O ralo veio junto com o cabelo dela”.

Ela e outra mãe tentaram fazer o primeiros socorros, outros vieram ajudar, continua o relato, “Eu comecei a gritar pedindo ajuda. Era muita dor, desespero e pânico. Nesse meio tempo, veio um rapaz, um vizinho do hotel, dizendo que era bombeiro civil, perguntando se podia ajudar. Eu disse que sim”. Ele ajudou fazendo massagem cardíaca, a mãe fazia respiração boca a boca.

Chamaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e do Corpo de Bombeiros, mas Rachel não resistiu e faleceu antes de ser levada ao pronto-socorro da cidade.

Ela finaliza,  “As mães me falaram que a minha filha estava mergulhando, brincando de subir e descer da água com as outras crianças. Era preciso ter segurança. Durante essa semana, eu pesquisei e descobri que há sistema antissucção por até R$ 20, e lá não tinha. Eu não sabia”.

Juridicamente, na frente criminal, nós vamos reforçar a acusação e ajudar no inquérito policial. Vamos trazer novos depoimentos, já que soubemos que não é a primeira vez que isso acontece naquele hotel. Um menino já ficou com o pé preso no ralo daquele hotel“, segundo o advogado, Anderson Real, contratado pela família. Ele ainda diz que vai buscar os direitos da família, “Por dano moral, claro. Mãe, avó, todas as pessoas envolvidas ficaram abaladas. Não houve negligência da mãe, mas uma irresponsabilidade do hotel. Vamos buscar justiça, sim”.

O proprietário do  Hotel Sanfelice,  disse à Polícia Civil, que não conhecia a legislação. “O proprietário do hotel pode vir a responder por homicídio culposo“, segundo o delegado Vicente Soares, que ainda explica, que a lei estadual prevê a instalação do equipamento, mas é necessário um decreto para que ela  entre em vigor. A Polícia Civil segue investigando o caso.