Adoção é um ato de amor, mas ela transbordou amor e descobriu algo que não conseguia acreditar de tão cruel.

Rosanna e Axel, seu filho adotivo com necessidades especiais.  Reprodução Fecebook

 

Uma argentina, Rosanna Maidana, residente na província de Santa Fé, passeando pela campina com seu bebê, Renzo, de apenas dois anos e quatro meses, quando ele saiu correndo atrás cavalo, que se assustou de enche o garoto de coices. Foi tudo tão rápido, quando ela percebeu o cavalo já havia afundado o crânio do garoto com um coice.

O garoto foi levado ao hospital mais próximo, mais ou menos 45 minutos de distância, ela foi conversando com o garoto para tranquiliza-lo e acalma-lo. Quando finalmente chegaram ao hospital, foi feita uma tomografia na lesão. O resultado foi apavorante, Renzo, tinha um grave traumatismo craniano, que não iria se recuperar nunca mais, jamais seria o mesmo, ficaria com muitas sequelas.

Renzo, as lesões eram imensas, que ele teria que ser mantido vivo com um respirador, teria necessidades especiais. Rosanna teve que se conformar com a situação, desde então teria que acompanha-lo constantemente ao hospital para fazer os tratamentos.

Renzo, seu filho que sofreu lesões no cérebro.  Reprodução Fecebook

Nas idas e vinda do hospital, ela percebeu que Renzo, não era o único que tinha problemas, tinha outro garoto, acompanhado por uma enfermeira, com problemas parecidos com os de seu filho. Ela ficou curiosa e perplexa, pois não tinha nenhum familiar com ele, parecia que estava sempre sozinho, e ela foi perguntar aos enfermeiros quem era o menino.

O garoto se chamava Axel Figueroa, e sua história era bastante triste, ele havia sido deixado lá devido a seus traumas neurológicos.

Axel, tinha uma vida muito parecida com seu filho, até os seus dois anos, havia sido normal, mas sofreu maus tratos de sua mãe biológica e seu namorado, que bateram tanto no garoto, que acabaram causando traumatismo. Rosanna tinha sido tão boa mãe, que não se conformou com a história do garoto, não conseguia esquecer-se do menino, e ficou com ele sobrevoando sua mente.

Ela conta, “Desde o primeiro momento em que o vi, não parei de pensar nele e de querer levá-lo para casa. Nunca consegui entender como uma mãe podia abandonar um menino dessa maneira“.

Ela queria saber mais sobre Axel, descobriu que ele morava em um orfanato para crianças especiais, chamado “Santa Cecília de Clarket”.

Rosanna era uma jovem mãe de 25 anos, mas uma ideia não deixava sua mente em paz, ela teria que adotar o garoto, ela queria que ele fizesse parte da sua família. Ela tinha outro filho de três anos, então necessitaria de ajuda, para adotar mais um menino especial, por isso falou com seus pais. Que concordaram em ajudar, então começou com os preparativos da adoção, mas como era mãe solteira, não seria um processo simples, iria demorar e ser muito complicado.

Um ano depois, aconteceu uma tragédia na vida de Rosanna, o seu filho Renzo veio a falecer, segundo ela conta, “Foi um tempo de luto muito difícil, tanto para mim quanto para minha família. Quando melhorei um pouco, entendi que, apesar da minha dor, havia um garotinho esperando ter um lar e uma família”.

Ela transformou sua dor em força ela queria de toda forma que Axel fosse seu filho. Ela começou a luta pela adoção, foi a centros de apoio, fez um monte de entrevistas psicológicas, teve muita burocracia envolvida. Mas, em agosto de 2014, veio à boa notícia, ela conseguiu adotar Axel.

Rosanna, Axel e seu outro filho agora são oficialmente uma família. Sua vida se transformou depois que ela percebeu o terrível abandono que pessoas com necessidades especiais passam e quase ninguém faz nada. Agora Axel não está só, ele tem carinho e tudo que necessita para ser viver e ser feliz. Ela se indaga, “Muitas vezes, quando estou lhe dando banho, me dou conta que faltam alguns ossos em sua cabeça e me pergunto que mal uma criatura de 2 anos pode ter feito para lhe castigarem dessa maneira e lhe deixarem sequelas assim“.

Axel seu filho adotivo. Reprodução Fecebook

Rosanna é um exemplo de mãe, ela luta para conscientizar sobre as dificuldades de pessoas com necessidades especiais e que são abandonados. Eles são deixados em orfanatos e ficam a mercê da sorte. Quem poderá ajudá-los, você se habilita?